Trump anuncia tarifa de 50% ao Brasil
Definiu taxas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 20% e 50%, a depender do país, com validade a partir de 1º de agosto.
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O que movimentou a semana:
Trump anuncia tarifa de 50% ao Brasil;
Nvidia vale US$ 4 tri e faz história no mercado;
Stablecoins já giram R$ 230 bi no Brasil em 2024;
Nobel apoia imposto global para super-ricos;
Geração Z mergulha no “politrabalho”.
Trump anuncia tarifa de 50% ao Brasil
Carta de Trump a Lula anunciando tarifa de 50% dos EUA sobre Brasil.
Setores como siderurgia, automotivo, aeronáutico, petróleo e químicos devem ser os mais afetados pelas tarifas de 50% anunciadas pelos EUA.
Empresas com operações internacionais podem reduzir danos, mas commodities e companhias alavancadas enfrentam maior risco. O impacto deve vir em juros, inflação e volatilidade na B3, segundo especialistas. Exportações brasileiras para os EUA somam US$ 43 bi por ano, segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China.
Dados desmentem Trump sobre déficit:
Apesar do discurso, os EUA têm superávit comercial com o Brasil há 16 anos, segundo o Mdic. Em 2025, o saldo parcial é de US$ 1,6 bi a favor dos americanos, que vendem principalmente produtos da aviação.
Alckmin rebateu: “Brasil não é o problema. O superávit é deles, não nosso.”
Das 10 principais exportações americanas ao Brasil, 8 não pagam impostos, o que torna a tarifa de Trump ainda mais injustificável.
Nvidia vale US$ 4 tri e faz história no mercado
A Nvidia se tornou a 1ª empresa aberta do mundo a atingir valor de mercado de US$ 4 trilhões, ultrapassando Apple e Microsoft em ritmo de valorização. As ações da fabricante de chips subiram 2,4%, impulsionadas pela alta demanda por IA.
A empresa triplicou seu valor desde junho de 2023, com crescimento recorde no setor tech. Com 7,3% de peso no S&P 500, é hoje a companhia com maior influência no principal índice da bolsa americana.
Desde abril, as ações já saltaram 74%, mesmo em meio à tensão global causada por tarifas comerciais de Trump.
Stablecoins já giram R$ 230 bi no Brasil em 2024
As stablecoins, criptomoedas com paridade a moedas tradicionais como o dólar e o real, movimentaram mais de R$ 240 bilhões no Brasil em 2024, segundo dados da Receita Federal. Três das cinco criptos mais negociadas no país são stablecoins: USDT (Tether), USD Coin e BRZ.
Apesar da popularidade, o setor ainda não é regulamentado de forma específica no Brasil. O Banco Central abriu consultas públicas no fim de 2024 e deve publicar novas regras em breve, com prazo de seis meses para adaptação das empresas. Hoje, o investidor depende da transparência das emissoras e da própria análise de risco.
A principal vantagem desses ativos é a baixa volatilidade, o que atrai tanto investidores institucionais quanto usuários em busca de pagamentos internacionais mais rápidos e baratos. No entanto, especialistas alertam para a falta de garantias sobre o lastro desses ativos. O Banco de Compensações Internacionais (BIS) afirmou que as stablecoins podem minar a soberania monetária e são frágeis quanto à transparência do lastro.
O Marco Legal dos Criptoativos, aprovado em 2022, ainda não cobre os detalhes específicos de funcionamento das stablecoins. Até a regulação ser publicada, a segurança depende exclusivamente da confiança nos emissores e na estrutura dos protocolos.
Nobel apoia imposto global para super-ricos
Sete ganhadores do Prêmio Nobel de Economia, incluindo Paul Krugman, Joseph Stiglitz e Esther Duflo, propõem a criação de um imposto mínimo global sobre grandes fortunas. A ideia é combater a evasão fiscal por meio de uma alíquota de 2% sobre patrimônios bilionários, o que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano em arrecadação, oriundos de cerca de 3 mil indivíduos no mundo.
A proposta busca enfrentar distorções históricas, já que os super-ricos pagam menos impostos proporcionalmente que a classe média. Em países como França e EUA, as alíquotas efetivas desses bilionários ficam entre 0,1% e 0,6% de seu patrimônio.
O movimento por essa tributação já ganhou força em países como França, que aprovou na Assembleia Nacional um imposto de 2% sobre patrimônios acima de 100 milhões de euros. No Brasil, o tema foi incluído na agenda do G20 em 2024, e no ano seguinte, o país firmou com Espanha, África do Sul e Chile um compromisso conjunto em torno da taxação dos ultrarricos.
Estudo da Oxfam mostra que pobres pagam três vezes mais impostos que super-ricos no Brasil.
Relatório da Oxfam Brasil revela que o sistema tributário brasileiro é profundamente regressivo: enquanto os 10% mais pobres comprometem 32% de sua renda com tributos, os 0,1% mais ricos pagam apenas 10%. Entre os super-ricos, 81% são homens brancos, enquanto mulheres negras lideram 65% dos lares mais pobres.
O estudo aponta que a carga tributária brasileira é centrada no consumo, afetando quem gasta proporcionalmente mais da renda em bens essenciais. Tributos indiretos representam 14,8% do PIB, acima da média da OCDE, enquanto a tributação sobre propriedade e rendimentos está bem abaixo da média dos países desenvolvidos.
A Oxfam defende uma reforma estrutural no sistema tributário, com o fim da isenção sobre lucros e dividendos, regulamentação do imposto sobre grandes fortunas e inclusão de marcadores raciais nas declarações do IR.
O relatório foi divulgado enquanto o governo tenta aprovar o PL 1087/2025, que isenta o IR para rendas até R$ 5 mil e cria uma alíquota mínima de 10% para rendas acima de R$ 50 mil. Segundo o governo, a proposta beneficiaria 10 milhões de pessoas e afetaria 141 mil contribuintes com renda anual superior a R$ 600 mil — a maioria homens brancos. A Oxfam alerta que a atual estrutura tributária alimenta desigualdades raciais e de gênero.
Geração Z mergulha no “politrabalho”
O chamado politrabalho, prática de manter dois ou mais empregos simultaneamente, tem crescido entre os trabalhadores remotos, especialmente entre os jovens da Geração Z. Uma pesquisa da Paychex mostrou que 93% dos profissionais dessa geração atuam para mais de um empregador, contra 28% dos baby boomers e 23% da Geração X.
A motivação principal é financeira. Para os trabalhadores, o politrabalho permite maximizar renda enquanto são jovens e independentes. Porém, empresas enfrentam queda na produtividade, comprometimento em reuniões e riscos legais. Embora não haja proibição legal nos EUA ou no Reino Unido, cláusulas contratuais costumam exigir dedicação exclusiva ou vedar o trabalho para concorrentes. Segundo especialistas, isso coloca o ônus sobre os empregadores, que devem revisar e fiscalizar seus contratos.
Empregadores podem demitir trabalhadores que descumprirem cláusulas, mesmo que não haja ilegalidade formal. Casos de uso indevido de informações confidenciais, ausência em emergências ou disputas sobre propriedade intelectual são preocupações recorrentes, sobretudo em áreas sensíveis como tecnologia e defesa.
O risco de exposição é alto, com denúncias ocorrendo por meio de redes sociais, registros fiscais e entrevistas cruzadas. Especialistas recomendam que, se o segundo emprego for essencial, o funcionário deve negociar abertamente com seu empregador, evitando ocultações que possam prejudicar sua reputação profissional.
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